O grupo Stellantis é uma das maiores empresas mundiais do ramo automóvel, que conta no seu portfólio com marcas como a Peugeot, Citroen, DS, Fiat, Alfa Romeo, Opel, entre várias outras.
Este consórcio nasceu, em grande parte, da junção do Grupo PSA com a Fiat-Chrysler Automobiles, e como tal tem uma enorme representação no parque automóvel elétrico atualmente em circulação.
Grupo Stellantis pretende carros elétricos mais baratos
À semelhança do que acontece atualmente com todos os fabricantes automóveis, também o grupo Stellantis se debate com os desafios impostos pela eletrificação das suas viaturas, sendo o ainda elevado preço das mesmas (quando comparado com versões semelhantes equipadas com motores a combustão) um dos maiores entraves para a adoção em massa de carros elétricos por parte dos consumidores.
Com isso em mente, a Stellantis desenvolveu uma estratégia que pode, em grande medida, colmatar esta objeção.
Stellantis vai começar a utilizar baterias LFP
Apesar do preço das atuais baterias para veículos elétricos estar no patamar mais baixo de sempre, este ainda é o componente com maior peso no preço final de venda ao público deste tipo de carros, o que obriga os construtores a serem engenhosos na procura de alternativas.
Afinal, a eletrificação automóvel tem de continuar a bom ritmo, dadas as imposições legais, atuais e futuras, que recaem sobre este mercado…
Assim sendo, o grupo Stellantis vai passar a apostar em baterias LFP (constituídas por ferro, fosfato e lítio), que são mais baratas do que as atuais baterias de níquel, cobalto e manganês.
A empresa espera, desta forma, “conseguir uma posição competitiva em termos de custos para fabricar carros acessíveis para a classe média”, segundo as palavras de Carlos Tavares, CEO da Stellantis.
O executivo português não avançou nenhum horizonte temporal para a chegada das baterias mais baratas aos seus modelos elétricos, no entanto adianta que a única questão se prende com o local onde as mesmas possam vir a ser adquiridas.
Baterias LFP têm vantagens em relação às NMC
Atualmente, na Europa, as baterias em maior circulação nas estradas são baseadas em iões de lítio, mais concretamente numa combinação química de níquel, cobalto e manganês. A junção destes elementos dá origem a células, e é nas mesmas que ocorre o armazenamento da energia carregada.
Cada grupo de células é agrupado em módulos, sendo que a bateria, na sua forma final, é constituída por estes módulos, pelo sistema eletrónico da viatura, pelo sistema de arrefecimento e pelos invólucros que aglomeram todos estes componentes.
O problema das baterias NMC é o custo elevado das matérias primas necessárias à sua concepção, em contraste com aquilo que acontece com as LFP. Além disso, estas últimas apresentam uma maior flexibilidade à velocidade e ao número de carregamentos, além de um tempo de vida geralmente superior.
Presentemente, a quase totalidade da produção global de baterias LFP está localizada na China. De notar que já circulam nas nossas estradas modelos com esta tecnologia embarcada, tais como o MG 4 e os Tesla Model 3 e Model Y.
Stellantis – A maior frota de carros elétricos do Mundo
Fonte: portal-energia.com
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