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Poluição do ar em Lisboa ultrapassa limites legais no primeiro trimestre do ano

No centro de Lisboa, os níveis de dióxido de azoto foram superiores aos limites definidos pela Diretiva Europeia do Quadro do Ar e Organização Mundial de Saúde.


Segundo a Estação de Monitorização ZERO, os valores de dióxido de azoto (NO2), um poluente atribuído principalmente à combustão dos motores a diesel, emitidos na Avenida da Liberdade nos primeiros três meses do ano, ultrapassaram “substancialmente” os limites europeus e internacionais.


Os dados, que englobam o período entre 1 de janeiro e 6 de abril, ainda se encontram sobre validação, no entanto, apontam para valores médios do dióxido de azoto com 48 microgramas por metro cúbico, 3 microgramas por metro cúbico acima da média que se registou em 2022. Isto acontece porque, na zona em questão, existe a circulação de transportes públicos e veículos de residentes de forma ilimitada, algo que, segundo a estação de monitorização, deveria ser controlado, além de uma aposta sólida na mobilidade suave, com soluções de incentivo e acessibilidade para que mais pessoas pudessem circular a pé ou de bicicleta.


Nos últimos anos, tem havido inúmeras situações de incumprimento de valores mínimos da qualidade do ar exigidos por lei em várias regiões do país, e que nesse âmbito já decorre no Tribunal Europeu de Justiça uma queixa contra Portugal que poderá implicar o pagamento de uma multa substancial por parte do país. Para além dos incumprimentos serem recorrentes, revelando um problema de qualidade do ar crónico, não são visíveis medidas para melhorar o ar que todos respiramos.


Fonte: Capital Verde, Zero.


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