15 de mar de 20232 min
Atualizado: 12 de abr de 2023
O grupo Stellantis é uma das maiores empresas mundiais do ramo automóvel, que conta no seu portfólio com marcas como a Peugeot, Citroen, DS, Fiat, Alfa Romeo, Opel, entre várias outras.
Este consórcio nasceu, em grande parte, da junção do Grupo PSA com a Fiat-Chrysler Automobiles, e como tal tem uma enorme representação no parque automóvel elétrico atualmente em circulação.
À semelhança do que acontece atualmente com todos os fabricantes automóveis, também o grupo Stellantis se debate com os desafios impostos pela eletrificação das suas viaturas, sendo o ainda elevado preço das mesmas (quando comparado com versões semelhantes equipadas com motores a combustão) um dos maiores entraves para a adoção em massa de carros elétricos por parte dos consumidores.
Com isso em mente, a Stellantis desenvolveu uma estratégia que pode, em grande medida, colmatar esta objeção.
Apesar do preço das atuais baterias para veículos elétricos estar no patamar mais baixo de sempre, este ainda é o componente com maior peso no preço final de venda ao público deste tipo de carros, o que obriga os construtores a serem engenhosos na procura de alternativas.
Afinal, a eletrificação automóvel tem de continuar a bom ritmo, dadas as imposições legais, atuais e futuras, que recaem sobre este mercado…
Assim sendo, o grupo Stellantis vai passar a apostar em baterias LFP (constituídas por ferro, fosfato e lítio), que são mais baratas do que as atuais baterias de níquel, cobalto e manganês.
A empresa espera, desta forma, “conseguir uma posição competitiva em termos de custos para fabricar carros acessíveis para a classe média”, segundo as palavras de Carlos Tavares, CEO da Stellantis.
O executivo português não avançou nenhum horizonte temporal para a chegada das baterias mais baratas aos seus modelos elétricos, no entanto adianta que a única questão se prende com o local onde as mesmas possam vir a ser adquiridas.
Atualmente, na Europa, as baterias em maior circulação nas estradas são baseadas em iões de lítio, mais concretamente numa combinação química de níquel, cobalto e manganês. A junção destes elementos dá origem a células, e é nas mesmas que ocorre o armazenamento da energia carregada.
Cada grupo de células é agrupado em módulos, sendo que a bateria, na sua forma final, é constituída por estes módulos, pelo sistema eletrónico da viatura, pelo sistema de arrefecimento e pelos invólucros que aglomeram todos estes componentes.
O problema das baterias NMC é o custo elevado das matérias primas necessárias à sua concepção, em contraste com aquilo que acontece com as LFP. Além disso, estas últimas apresentam uma maior flexibilidade à velocidade e ao número de carregamentos, além de um tempo de vida geralmente superior.
Presentemente, a quase totalidade da produção global de baterias LFP está localizada na China. De notar que já circulam nas nossas estradas modelos com esta tecnologia embarcada, tais como o MG 4 e os Tesla Model 3 e Model Y.
Fonte: portal-energia.com